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Vestido Viktor and Rolf (primavera 2010) |
Quando analisamos o look de Viktor and Rolf (primavera 2010), podemos seguir diferentes linhas de raciocínio quando se diz respeito a beleza. Aqui, discutiremos Aristóteles e Platão e suas formas de ver a beleza neste modelo de vestido que é, no mínimo, excêntrico.
Quando observamos o vestido em questão, a primeira reação que temos é de estranheza, chegando a desconforto para alguns observadores. Acredito que esta foi a real intenção dos estilistas, que deram um toque especial a um vestido que em sua estrutura, deveria ser um clássico do tapete vermelho. Os ‘’rombos’’ na saia de tuli, usado inclusive pela cantora Katy Perry durante a entrega do Europe Music Awards, chegam a ser surreais.
Podemos usar este detalhe da peça como uma ponte ao pensamento Platônico da decadência da beleza, quando um vestido considerado belo pela maioria torna-se estranho ou até mesmo feio ao olhar do público devido a detalhes que remetem a ruína. Pra Platão, a beleza corpórea esta sujeita a ruína e decadência, e este vestido transmite esta idéia com primor. A princípio, o traje poderia ser usado por uma gama maior de mulheres que desejam um vestido de gala, porém com esses vestígios de destruição, o modelo passa a ser usado apenas por pessoas mais ousadas.
A Verdade, o Bem e a Beleza são as essências superiores, ligadas diretamente ao ser, segundo o filósofo Platão. Podemos relacionar o vestido criado por Viktor em Rolf a este pensamento quando ligamos a estrutura do vestido à beleza superior, e as ruínas como a decadência deste mundo, que vive a sombra dessa beleza superior.
Segundo a visão aristotélica, a análise torna-se menos idealista, e ‘’coloca os pés no chão’’. Segundo este filósofo, a beleza de um objeto não depende da sua maior ou menor participação em uma beleza suprema, no mundo supra sensível das essências puras. A beleza é uma propriedade do objeto e consiste principalmente na harmonia das partes de um todo que possua grandeza e medida. As características principais da beleza, segundo ele, seriam a harmonia ou ordem, grandeza e proporção. ‘’A fórmula que traça as fronteiras da Beleza é a unidade na variedade’’.
O vestido em si, é uma peça harmoniosa e grandiosa, com volumes e cores vibrantes. Há harmonia e proporção em cada detalhe, com traços simétricos e silhueta agradável ao olhar. Quando o vestido é ‘’ destruído’’ com cortes que mais parecem furos de balas de canhão, a sensação passa da harmonia para a desarmonia instantaneamente, porém permanecendo na linha de pensamento aristotélico que, ao contrário de Platão, considera a desordem e feiúra como elementos aptos a estimular a criação da beleza. Enfim, há um conflito na peça entre harmonia e desordem.
(texto produzido por Isabela Seabra e Mariana Jeveaux)
(texto produzido por Isabela Seabra e Mariana Jeveaux)
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