quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Estética: introdução conceitual (resumo)


Conceituação

Pesquisando a  palavra estética encontramos expressões que dizem respeito à beleza física. Há também senso estético, decoração estética; nessas também há relação com a beleza, ou pelo menos com o agradável, porém nestes a palavra estética é usada como adjetivo, qualidade. No campo das artes encontramos: estética renascentista, realista, socialista, etc. sendo usada como substantivo designando um conjunto de características formais ou estilo. No campo da filosofia estética é um ramo que estuda racionalmente o belo e o sentimento que suscita nos homens.


Etimologia da palavra

A palavra estética, etimologicamente, significa ‘’ faculdade de sentir’’, ‘’ compreensão pelos sentidos’’, percepção totalizante’’.

O belo e o feio: a questão do gosto

Segundo Platão: a beleza é a única idéia que resplandece no mundo. A existência do ‘’belo em si’’ independente das obras individuais.
Segundo o Classissismo: Estética normativa. É o objeto que passa a ter qualidades que o tornam mais ou menos agradáveis, independente do sujeito que as percebe.
Segundo os filósofos empiristas (David Hume):  a beleza é relativa de acordo com o gosto de cada um. Aquilo que depende do gosto e da opinião pessoal não pode ser discutido racionalmente. O belo não está no objeto, e sim nas condições de recepção do sujeito.
Segundo Kant: o belo é aquilo que agrada universalmente, ainda que não possa ser justificado intelectualmente. O objeto belo é uma ocasião de prazer, cuja causa reside no sujeito. Belo é uma qualidade que atribuímos ao objeto para exprimir um certo estado da nossa subjetividade. Não há uma idéia de belo, nem pode haver regras para produzi-lo.
Segundo Hegel: A beleza muda de face e aspecto através dos tempos.
Hoje em dia: consideramos o belo como uma qualidade de certos objetos singulares que nos são dados a percepção. Cada objeto singular estabelece seu próprio tipo de beleza.

Podemos distinguir dois modos de representação do feio: a representação do assunto ‘’feio’’ e a forma de representação feia. No momento em que a arte rompe com a idéia de ser ‘’cópia do real’’e passa a ser considerada criação autônoma que tem por função revelar as possibilidades do real, ela passa a ser avaliada de acordo com a autenticidade da sua proposta e com sua capacidade de falar ao sentimento. Só haverá obras feias na medida em que forem mal feitas, ou seja, não corresponderem plenamente a proposta do autor.
A subjetividade em relação ao objeto estético precisa estar mais interessada em conhecer, entregando-se as particularidades de cada objeto. Ter gosto é ter capacidade de julgar sem preconceitos. À medida que o sujeito exerce a aptidão em se abrir, desenvolve o compreender e pode penetrar no mundo aberto pela obra.

A recepção estética:
A experiência estética não visa o conhecimento lógico, medido em termos de verdade; não visa a ação imediata e não pode ser julgada em termos de utilidade para determinado fim. È, na verdade, a experiência da presença tanto do objeto estético quanto do sujeito que o percebe. A obra de arte espera que o público ‘’ jogue o seu jogo’’, entre no seu mundo, de acordo com as regras ditadas pela própria obra para que seus múltiplos sentidos possam aparecer.


"Resumo do texto “Introdução à Estética”, enviado por e-mail no início do semestre.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando - Introdução à Filosofia. São Paulo: Ed. Moderna, 1989."


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